"Viver a sexualidade com liberdade, podendo escolher parcerias, métodos contraceptivos e não sofrer discriminação é um direito de todas as pessoas. As mulheres com deficiências têm esses direitos violados e negados, pois se deparam com preconceitos e discriminação de gênero agravadas por terem corpos ou habilidades diferentes"(TRECHO DA CARTILHA “Mulheres com Deficiência - Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos”)
A Cartilha “Mulheres com Deficiência - Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos” foi lançada no dia 24 de agosto de 2016, no auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro/RS) em Porto Alegre.
A Cartilha é uma realização do Grupo Inclusivass, Coletivo Feminino Plural e Programa de Gênero e Religião das Faculdades EST. O lançamento, que integrou as atividades da XIX Semana da Pessoa com Deficiência de Porto Alegre e dos 10 anos da Lei Maria da Penha, contou com o apoio da Rede Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Porto Alegre e do Sinpro/RS.
No Brasil, há 25.800.681 mulheres com deficiência, o equivalente a 26,5% da população, segundo dados do IBGE (Censo de 2010). No Rio Grande do Sul, são 3, 5 milhões de mulheres com deficiência.
A Cartilha “Mulheres com Deficiência Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos” traz informações sobre o que é e quais são os tipos de deficiência, e como se dá a interseção com violência de gênero, diversidade sexual, religião, direitos sexuais, direitos reprodutivos, direito de atenção à saúde, além de trazer uma lista de telefones e endereços úteis das redes de atendimento.
Acesse AQUI o conteúdo da Cartilha em PDF
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Acesse AQUI as fotos do álbum de lançamento da Cartilha
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REPORTAGENS SOBRE O LANÇAMENTO DA CARTILHA:
FM CULTURA - PROGRAMA "CULTURA NA MESA"- 24/08/2016
Na foto, Vitória Bernardes |
A jornalista Mariana Baierle, da FM Cultura, entrevista a psicóloga Vitória Bernardes, do Grupo Inclusivass, sobre o lançamento da Cartilha "Mulheres com Deficiência: Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos".
Clique AQUI para ouvir a entrevista.
Clique AQUI para acessar o vídeo com a reportagem da TVE.
JORNAL CORREIO DO POVO de Porto Alegre (RS) - 25/08/2016
Leia abaixo o conteúdo da reportagem:
JORNAL CORREIO DO POVO, PÁGINA 22, QUINTA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2016
GERAL
DEFICIÊNCIA
Lançada cartilha para conscientizar mulheres
Objetivo é destacar os problemas relacionados com a sexualidade e com a reprodução feminina
O Grupo Inclusivass e a ONG Coletivo Feminino Plural, em parceria com o Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, lançaram ontem, na Capital, uma cartilha para conscientizar a sociedade sobre os direitos das mulheres com deficiência. O material alerta sobre as barreiras que as mulheres enfrentam em diferentes situações no seu cotidiano, especialmente em assuntos relacionados a sexualidade e a reprodução.
No Brasil, existem mais de 25,8 milhões de mulheres com algum tipo de deficiência, o equivalente a 26,5% da população. Somente no Rio Grande do Sul, são cerca de 3,5 milhões. “Grande parte delas estão dentro de casa, sem acessibilidade e sem conhecer realmente os seus direitos”, afirmou a coordenadora do Grupo Inclusivass, Carolina Santos.
Com o título "Mulheres com Deficiência - Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos", a cartilha foi elaborada pelas próprias participantes. “A nossa ideia é mostrar para a sociedade as várias violências que sofremos, tanto físicas quanto psicológicas, e empoderar outras mulheres sobre os direitos que elas têm”, observou a psicóloga e membro do Grupo Inclusivass, Vitória Bernardes.
SUL21 - 28/08/2016 - Acesse AQUI o conteúdo direto no site
E aqui, a íntegra do texto:
28/ago/2016, 9h19min
Cartilha busca informar mulheres com deficiência sobre direitos sexuais e reprodutivos
A foto mostra integrantes do Grupo Inclusivass, do Coletivo Feminino Plural e da Faculdades EST. Josiane, sentada, à esquerda, e Fernanda (a terceira sentada, da esquerda para a direita), estão com uma Cartilha nas mãos, mostrando para a câmera | Foto: Inclusivass/ Divulgação
Débora Fogliatto
Constantemente invisibilizadas, as mulheres com deficiência sofrem com a falta de inclusão em políticas públicas e em serviços básicos, como os de saúde, e acesso a direitos. Foi a partir dessa consciência que o grupo Inclusivass e o Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, de São Leopoldo, com apoio do Coletivo Feminino Plural elaboraram a cartilha “Mulheres com deficiência: direitos sexuais e reprodutivos”. O documento foi lançado na última quarta-feira (24) e está disponível online em formato de texto e áudio-descrição. O objetivo geral é trazer conhecimento para as próprias mulheres com deficiência, as quais muitas vezes desconhecem seus direitos sexuais e reprodutivos.
A cartilha traz informações sobre o que é e quais são os tipos de deficiência, como se dá a intersecção com violência de gênero, além de informar sobre diversidade sexual, religião, direitos sexuais, direitos reprodutivos, direito de atenção à saúde, e conta ainda com uma lista de telefones e endereços úteis das redes de atendimento. No Brasil, há 25.800.681 de mulheres com deficiência, o equivalente a 26,5% da população feminina, segundo dados do IBGE (Censo de 2010). No Rio Grande do Sul, são 3,5 milhões de mulheres com deficiência. A cartilha aponta esses números e menciona também as legislações que abordam os direitos dessa população.
A coordenadora do Inclusivass, Carolina Santos, relata que a ideia partiu de uma doutoranda do Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, Luciana Steffen, que sugeriu ao grupo. “O objetivo foi reunir todo o material possível sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com deficiência, que nos são negados muitas vezes. Por exemplo, quando escolhemos ser mãe somos julgadas pela sociedade, que nos vê como incapazes de ter filhos, cuidar e criar devido à deficiência”, explica Carolina. Além do preconceito social, há ainda a falta de acessibilidade em hospitais e clínicas, que por vezes não oferecem alternativas em exames e contam com profissionais despreparados, aponta ela.
Nesse sentido, a cartilha traz algumas necessidades observadas nos serviços de saúde: prioridade de atendimento; uso de linguagem adequada para a comunicação (libras, braile, leitura labial, etc); uso de aparelhos acessíveis, com mesas ginecológicas adaptadas; acesso a todas as informações em caso de gestação, sem medicalização desnecessária, com informações sobre os tipos de parto e sobre aborto legal em caso de violência ou risco de vida. Os serviços de atendimento em caso de violência também precisam ser acessíveis a essas mulheres, aponta Carolina.
As mulheres com deficiência cognitiva ou intelectual estão entre as que mais sofrem diversas violências, passando por isolamento familiar, social e educacional. “As mulheres com deficiência sofrem três vezes mais violência, e se deparam com despreparo nas áreas de atendimento”, lamenta. O texto explica que esta intersecção de vulnerabilidades deve ser observada pelas políticas públicas, lembrando que há penas maiores para quem agride mulheres com deficiência no Brasil. A cartilha traz, ainda, endereços e telefones de locais de atendimento para mulheres vítimas de violência em Porto Alegre e na região metropolitana.
JORNAL CORREIO DO POVO, PÁGINA 22, QUINTA-FEIRA, 25 DE AGOSTO DE 2016
GERAL
DEFICIÊNCIA
Lançada cartilha para conscientizar mulheres
Objetivo é destacar os problemas relacionados com a sexualidade e com a reprodução feminina
O Grupo Inclusivass e a ONG Coletivo Feminino Plural, em parceria com o Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, lançaram ontem, na Capital, uma cartilha para conscientizar a sociedade sobre os direitos das mulheres com deficiência. O material alerta sobre as barreiras que as mulheres enfrentam em diferentes situações no seu cotidiano, especialmente em assuntos relacionados a sexualidade e a reprodução.
No Brasil, existem mais de 25,8 milhões de mulheres com algum tipo de deficiência, o equivalente a 26,5% da população. Somente no Rio Grande do Sul, são cerca de 3,5 milhões. “Grande parte delas estão dentro de casa, sem acessibilidade e sem conhecer realmente os seus direitos”, afirmou a coordenadora do Grupo Inclusivass, Carolina Santos.
Com o título "Mulheres com Deficiência - Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos", a cartilha foi elaborada pelas próprias participantes. “A nossa ideia é mostrar para a sociedade as várias violências que sofremos, tanto físicas quanto psicológicas, e empoderar outras mulheres sobre os direitos que elas têm”, observou a psicóloga e membro do Grupo Inclusivass, Vitória Bernardes.
SUL21 - 28/08/2016 - Acesse AQUI o conteúdo direto no site
E aqui, a íntegra do texto:
28/ago/2016, 9h19min
Cartilha busca informar mulheres com deficiência sobre direitos sexuais e reprodutivos
A foto mostra integrantes do Grupo Inclusivass, do Coletivo Feminino Plural e da Faculdades EST. Josiane, sentada, à esquerda, e Fernanda (a terceira sentada, da esquerda para a direita), estão com uma Cartilha nas mãos, mostrando para a câmera | Foto: Inclusivass/ Divulgação
Débora Fogliatto
Constantemente invisibilizadas, as mulheres com deficiência sofrem com a falta de inclusão em políticas públicas e em serviços básicos, como os de saúde, e acesso a direitos. Foi a partir dessa consciência que o grupo Inclusivass e o Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, de São Leopoldo, com apoio do Coletivo Feminino Plural elaboraram a cartilha “Mulheres com deficiência: direitos sexuais e reprodutivos”. O documento foi lançado na última quarta-feira (24) e está disponível online em formato de texto e áudio-descrição. O objetivo geral é trazer conhecimento para as próprias mulheres com deficiência, as quais muitas vezes desconhecem seus direitos sexuais e reprodutivos.
A cartilha traz informações sobre o que é e quais são os tipos de deficiência, como se dá a intersecção com violência de gênero, além de informar sobre diversidade sexual, religião, direitos sexuais, direitos reprodutivos, direito de atenção à saúde, e conta ainda com uma lista de telefones e endereços úteis das redes de atendimento. No Brasil, há 25.800.681 de mulheres com deficiência, o equivalente a 26,5% da população feminina, segundo dados do IBGE (Censo de 2010). No Rio Grande do Sul, são 3,5 milhões de mulheres com deficiência. A cartilha aponta esses números e menciona também as legislações que abordam os direitos dessa população.
Cartillha cita direitos das mulheres com deficiência | Foto: Página da Cartilha/ Reprodução |
A coordenadora do Inclusivass, Carolina Santos, relata que a ideia partiu de uma doutoranda do Programa de Gênero e Religião da Faculdade EST, Luciana Steffen, que sugeriu ao grupo. “O objetivo foi reunir todo o material possível sobre direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com deficiência, que nos são negados muitas vezes. Por exemplo, quando escolhemos ser mãe somos julgadas pela sociedade, que nos vê como incapazes de ter filhos, cuidar e criar devido à deficiência”, explica Carolina. Além do preconceito social, há ainda a falta de acessibilidade em hospitais e clínicas, que por vezes não oferecem alternativas em exames e contam com profissionais despreparados, aponta ela.
Nesse sentido, a cartilha traz algumas necessidades observadas nos serviços de saúde: prioridade de atendimento; uso de linguagem adequada para a comunicação (libras, braile, leitura labial, etc); uso de aparelhos acessíveis, com mesas ginecológicas adaptadas; acesso a todas as informações em caso de gestação, sem medicalização desnecessária, com informações sobre os tipos de parto e sobre aborto legal em caso de violência ou risco de vida. Os serviços de atendimento em caso de violência também precisam ser acessíveis a essas mulheres, aponta Carolina.
As mulheres com deficiência cognitiva ou intelectual estão entre as que mais sofrem diversas violências, passando por isolamento familiar, social e educacional. “As mulheres com deficiência sofrem três vezes mais violência, e se deparam com despreparo nas áreas de atendimento”, lamenta. O texto explica que esta intersecção de vulnerabilidades deve ser observada pelas políticas públicas, lembrando que há penas maiores para quem agride mulheres com deficiência no Brasil. A cartilha traz, ainda, endereços e telefones de locais de atendimento para mulheres vítimas de violência em Porto Alegre e na região metropolitana.