terça-feira, 11 de novembro de 2025

Lançamento "Guia Anticapacitista de Boas Práticas Digitais.

A capa do guia aparece ilustrada à esquerda, mostrando uma pessoa sentada com um laptop e um megafone, além de uma pessoa com bengala e um cão-guia. Há ícones de acessibilidade dispostos em uma faixa vertical, representando diferentes tipos de deficiência (motora, visual, auditiva, intelectual etc.).  À direita, em letras grandes e brancas: “VENHA PARA O LANÇAMENTO!”  🔹 Informações do evento:  Data: 15/11/2025 (sábado)  Horário: 19:00  Local: Clube do Comércio  Endereço: R. dos Andradas, 1085, 3º andar – Praça da Alfândega – Centro Histórico  🔹 Realização e Apoio: Na parte inferior, há logotipos das instituições envolvidas:  Realização: INCLUSIVASS  Apoio: ELAS+ e Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos  Parceiras: Feminino Plural, Querela, Marta Pimenta, Com Catavento, Estúdios Eliane Lopes e Taga Relas  O fundo do cartaz é azul com linhas e pontos interligados, remetendo a uma rede digital.



 Vem com a gente!

No dia 𝟏𝟓 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 (sábado), às 𝟏𝟗𝐡 , acontece o lançamento do “𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫𝐚́𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬”
O 𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫𝐚́𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬 é uma iniciativa do 𝐏𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐓𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬, desenvolvido pelo Movimento Feminista Inclusivass do Rio Grande do Sul, com apoio do Fundo ELAS+, que desde 2016 fortalece o protagonismo das mulheres e meninas com deficiência no RS e no Brasil, garantindo a defesa e a visibilidade dos seus direitos humanos.
Este material foi construído de forma coletiva, com compromisso feminista e interseccional, que busca formar, conscientizar e ampliar o conhecimento sobre capacitismo digital e violência de gênero online, ao mesmo tempo em que promove a inclusão digital das mulheres com deficiência.
📍 Local: Clube do Comércio
📫 Endereço: Rua dos Andradas, 1085 – 3º andar, Praça da Alfandega-Centro Histórico (Porto Alegre)
Realização: Inclusivass
Apoio: Fundo Elas+
Parcerias: Coletivo Feminino Plural, Themis-Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Querela Jornalistas Feministas, TagaReLas, Marta Moura, Centro Referência Lisiane Lopes, Ong Ester Mulher, Elizete Morais Consultoria em Beleza

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

𝟐𝐚 𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 – 𝐅𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬!

 

Título principal: “2ª Oficina Anticapacitista no Digital” Logo abaixo, em destaque dentro de uma faixa roxa: “Fortalecendo Mulheres”  🔹 Informações do evento:  Data: 15 de novembro  Horário: das 17h às 19h  Local: Clube do Comércio Endereço: R. dos Andradas, 1085, 3º andar – Praça da Alfândega, Centro Histórico  Os ícones de calendário e localização acompanham as informações, tornando a leitura visualmente acessível.  Rodapé com logotipos de organizações envolvidas:  Realização: INCLUSIVASS  Apoio: ELAS+ (doar para transformar)  Parcerias:  Feminino Plural  Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos  Querela  Centro de Referência Professora Lisiane Lopes  Associação Gaúcha de Profissionais de Acessibilidade e Inclusão (AGPAI)  Taga Relas  Coletivo Feminista Helen Keller  Ong Balaio das Andas  Elizete Martins

𝟐𝐚 𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 – 𝐅𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬!

No dia 15 de novembro, o movimento Inclusivass convida todas para mais um encontro potente dentro da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Vamos falar sobre segurança digital, tipos de violência digital de gênero e continuidade da oficina de bordado.
📅 Data: 15/11
🕕 Horário: 17h às 19h
📍 Local: Clube do Comércio – R. dos Andradas, 1085, 3º andar, Praça da Alfândega – Centro Histórico
Realização: Inclusivass
Apoio: Fundo Elas+
Parcerias: Coletivo Feminino Plural, Themis, Querela Jornalista Feminista, Taga Relas, Coletivo Helen Keller, Ong Ester Mulher, Centro de Referência Profª Lisiane Lopes e Consultoria em Beleza Elizete Martins
𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐞́ 𝐭𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬!

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

Movimento feminista lança guia anticapacitista na Feira do Livro”  📅 Data e horário da publicação: 6 de novembro de 2025 – 16h54  📍 Seção: Cultura  📝 Subtítulo: “Material traz orientações sobre práticas digitais inclusivas, linguagem acessível e estratégias de autocuidado e segurança digital.”  📧 Créditos: Sul21 — sul21@sul21.com.br  Abaixo do texto, há uma fotografia de grupo, mostrando várias pessoas sorrindo, reunidas em um ambiente interno, provavelmente no evento de lançamento do guia mencionado. Ao fundo, vê-se um banner com o logotipo da Câmara do Livro, indicando a conexão com a Feira do Livro de Porto Alegre.

𝐄𝐬𝐭𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐥 𝐒𝐮𝐥𝟐𝟏!

Ontem tivemos a divulgação do lançamento do Guia Anticapacitista de Boas Práticas Digitais no Jornal Sul21.
O guia será lançado oficialmente no dia 15/11 na Feira do Livro de Porto Alegre.
O Guia também traz, na sua construção, reflexões sobre como a mídia pode ser anticapacitista, fortalecendo práticas de comunicação mais inclusivas e acessíveis.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐌𝐀̃𝐄. 𝐄𝐒𝐓𝐔𝐏𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐏𝐀𝐈.

Card Roxo escuro, com textura levemente envelhecida.  Texto principal (em destaque): “CRIANÇA NÃO É MÃE, ESTUPRADOR NÃO É PAI”  As palavras “CRIANÇA” e “NÃO É MÃE” estão em verde, enquanto “ESTUPRADOR NÃO É PAI” aparece em bege claro, com uma tipografia forte e de impacto.   Ilustração: No canto inferior esquerdo, há o desenho de uma criança negra em uma cadeira de rodas, com camiseta verde e shorts escuros. A criança segura uma flor amarela em uma das mãos e cobre o rosto com a outra, em um gesto de tristeza.   Logotipos e créditos: No canto inferior direito, aparecem os logotipos das organizações:  INCLUSIVASS (movimento feminista anticapacitista)  ELAS+ (doar para transformar)  Texto adicional: Abaixo, o arroba @inclusivassfeminista, indicando o perfil da iniciativa nas redes sociais.


O Movimento Feminista Inclusivass se posiciona com firmeza contra o retrocesso aprovado pela Câmara dos Deputados.

Aprovou-se um projeto que suspende a regulamentação do aborto legal para meninas vítimas de estupro, um direito garantido há mais de 80 anos no Brasil.
O PDL também revoga uma norma do Conanda que apenas organizava políticas públicas de proteção e proíbe campanhas contra o casamento infantil.
Isso não é sobre burocracia. É sobre POLÍTICA de controle dos corpos das mulheres e meninas, especialmente as mais vulnerabilizadas.
Num país onde mais de 34 mil meninas menores de 14 anos estão em uniões conjugais, o retrocesso revela a face mais cruel de uma política que naturaliza a violência sexual e institucional.
As mulheres e meninas com deficiência são ainda mais expostas a esse tipo de violência.
Segundo estudos do Ministério dos Direitos Humanos, mulheres com deficiência têm de 2 a 3 vezes mais chances de sofrer abuso sexual.
A maioria dos casos ocorre dentro de casa, por pessoas conhecidas ou responsáveis por seus cuidados e a subnotificação é altíssima devido à falta de acessibilidade, escuta qualificada e acolhimento seguro.
Por isso, reafirmamos:
- Meninas e mulheres com deficiência precisam de proteção, não de punição.
- O Estado deve garantir acesso, acolhimento e políticas públicas inclusivas.
- A luta feminista é também anticapacitista e pelos direitos reprodutivos.
Respeitem nossos corpos, nossas vozes e nossos direitos.

Movimento Feminista Inclusivass

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Carta ao Presidente da COP30 – Políticas Públicas, Inclusão das Mulheres, Interseccionalidade e Deficiência

 

Card em degrade lilás e verde. Na  parte superior“CARTA Mulheres com deficiência ao presidente André Corrêa do Lago”  O fundo é uma fotografia de uma floresta verde, com tons de roxo e verde sobrepostos, criando um clima simbólico de natureza e esperança.  Na parte inferior, aparecem os dizeres: “COP30 BRASIL AMAZÔNIA BELÉM 2025” — em letras grandes douradas.  Logo abaixo, há uma ilustração de um grupo de mulheres diversas, incluindo mulheres com deficiência: uma mulher cadeirante, uma mulher com bengala, e outras com diferentes corpos e tons de pele, todas de pé, com o punho erguido, em gesto de força e resistência.

Carta ao Presidente da COP30 – Políticas Públicas, Inclusão das Mulheres, Interseccionalidade e Deficiência

Movimento Feminista Inclusivass

Senhor Presidente André,

O Movimento Feminista Inclusivass, que atua há 11 anos na defesa dos direitos das mulheres com deficiência no Brasil, vem por meio desta carta contribuir para o debate sobre políticas públicas inclusivas no contexto da COP30.

As mulheres com deficiência enfrentam múltiplas barreiras no país: uma discriminação duplamente cruzada (gênero + deficiência), exclusão de oportunidades de trabalho, menor renda média, invisibilidade política e social. Nos desastres climáticos e emergências ambientais, essas desigualdades se agravam — abrigos não acessíveis, ausência de protocolos específicos e informações inacessíveis (para pessoas com deficiência visual, auditiva ou intelectual) aumentam o risco e a exclusão.

Além disso, há uma falta de dados e indicadores que cruzem deficiência e gênero. Os sistemas de monitoramento climático raramente captam os impactos diferenciados sobre mulheres com deficiência — por deficiência, localização, raça ou classe social — o que impede políticas eficazes. Muitos impactos permanecem invisíveis porque não há registro nem reconhecimento da deficiência nos boletins e nas comunicações oficiais.

Também persistem barreiras estruturais, como o capacitismo, o estigma social e a falta de acessibilidade nos espaços de decisão e execução de políticas públicas. A infraestrutura, o transporte, a comunicação e a assistência em saúde, ainda excludentes, tornam o enfrentamento da crise climática ainda mais pesado para essas mulheres.

Diante desse cenário, propomos que a presidência da COP30 priorize as seguintes ações e soluções inclusivas, especialmente com base na realidade do Pampa e das mulheres com deficiência que nele vivem:

1. Protocolos de emergência com acessibilidade inclusiva

  • Aprovar e implementar lei (como o PL 1274/2024) que obrigue a Defesa Civil a incluir protocolos específicos para pessoas com deficiência em situações de emergência e desastres, com abrigos acessíveis, apoio assistivo e comunicação em formatos acessíveis.

  • Criar uma Central do Direito à Acessibilidade Climática, com formação contínua de equipes de resposta (Defesa Civil, saúde, segurança) em perspectiva de gênero e deficiência.

2. Integração de gênero + deficiência nas políticas climáticas

  • Incluir mulheres com deficiência explicitamente nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e nos Planos Nacionais de Adaptação.

  • Garantir que ações de mitigação (como agroecologia e agricultura sustentável) considerem a acessibilidade e o protagonismo das mulheres com deficiência.

3. Fortalecimento da agricultura familiar sustentável e inclusiva

  • Apoio técnico e financeiro para práticas agroecológicas acessíveis, que fortaleçam a autonomia das mulheres com deficiência no Pampa.

  • Proteger ecossistemas e territórios tradicionais, com licenciamento ambiental rigoroso e fiscalização participativa.

4. Empoderamento socioeconômico e participação política

  • Criar programas de geração de renda e inclusão digital para mulheres com deficiência no meio rural, garantindo acesso a crédito, capacitação e tecnologias assistivas.

  • Assegurar representação nos espaços de decisão climática locais, regionais e nacionais.

5. Produção e uso de dados desagregados

  • Incluir dados desagregados por gênero, deficiência, raça e território nos sistemas de monitoramento climático e social.

  • Realizar pesquisas regionais no Pampa para mapear a presença e as necessidades das mulheres com deficiência em comunidades rurais e tradicionais.

6. Comunicação e educação inclusiva

  • Produzir materiais acessíveis sobre prevenção de riscos e mudanças climáticas (em Libras, braile, áudio e linguagem simples).

  • Promover campanhas anticapacitistas e de conscientização sobre a interseccionalidade entre deficiência e clima.

7. Financiamento climático inclusivo

  • Destinar recursos específicos de fundos climáticos nacionais e internacionais para ações lideradas por mulheres com deficiência.

  • Facilitar acesso a microcrédito, seguros agrícolas adaptados e tecnologias acessíveis.

8. Legislação e direitos humanos como base

  • Garantir que a Lei Brasileira de Inclusão e as convenções internacionais sobre os direitos das pessoas com deficiência orientem as políticas climáticas.

  • Assegurar a proteção dos territórios indígenas e tradicionais do Pampa, reconhecendo também as mulheres com deficiência que vivem nesses espaços.

As propostas do Movimento Feminista Inclusivass foram encaminhadas à Presidência da COP30, com o compromisso de fortalecer uma agenda verdadeiramente inclusiva, interseccional e feminista, que reconheça o papel das mulheres com deficiência na defesa do meio ambiente e da justiça climática.

Com respeito e esperança,

Movimento Feminista Inclusivass
11 anos de luta pela visibilidade e pelos direitos das mulheres com deficiência no Brasil.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

𝗖𝗔𝗣𝗔𝗖𝗧𝗜𝗦𝗠𝗢 𝗣𝗢𝗟Í𝗧𝗜𝗖𝗢

A imagem mostra uma ilustração em estilo de desenho a preto e branco com o texto “CAPACITISMO POLÍTICO” no topo. No centro, há uma figura masculina de gravata sentada atrás de uma mesa com microfone, cobrindo os olhos com as mãos, como se estivesse a recusar ver algo. Ao fundo e de cada lado, estão duas figuras femininas de expressão neutra. No fundo também se vê um desenho de um edifício governamental com uma bandeira e alguns ícones de pessoas, sugerindo um contexto político ou institucional.  A composição transmite a ideia de cegueira ou negação por parte de alguém em posição de poder, associada ao tema do capacitismo na esfera política.


Segundo o Censo de 2010 o último que considerou obrigatoriamente o mapeamento de pessoas com deficiência cerca de 23,9% da população brasileira, o equivalente a aproximadamente 45,6 milhões de pessoas, foram identificadas com algum tipo de deficiência. Desse total, 25,8 milhões são mulheres. Ainda assim, o Brasil segue se baseando em dados defasados para definir políticas públicas essenciais. O Censo mais recente, infelizmente, deixou de incluir essa informação como obrigatória, invisibilizando milhões de brasileiros com deficiência diante do Estado.


Pesquisas e relatos demonstram que mulheres com deficiência enfrentam diariamente a exclusão de direitos básicos. Estamos longe de ocupar espaços de poder e decisão, tanto na política institucional quanto nos movimentos feministas e anticapacitistas. Seguimos invisibilizadas, mesmo sendo diretamente impactadas por decisões que nos ignoram.

O que vimos recentemente na mídia, com parlamentares tapando os olhos, ouvidos e bocas como gesto simbólico, é mais um episódio preocupante. Essa encenação reforça estereótipos negativos sobre a deficiência, associando-a ainda que indiretamente à ignorância, à omissão ou ao silêncio. Esse tipo de atitude, mesmo quando politicamente motivada, alimenta o capacitismo político.

Enquanto isso, o trabalho legislativo é paralisado por disputas de poder entre famílias políticas. O povo, especialmente os grupos mais vulneráveis, continua à espera de projetos concretos voltados à inclusão, acessibilidade, saúde, renda, educação e dignidade. Vale lembrar que a maioria das pessoas com deficiência ou suas famílias vivem com até dois salários mínimos e agora enfrentam a ameaça de perder a isenção do imposto de renda, um dos poucos benefícios garantidos por lei.

É urgente que paremos de usar a deficiência como metáfora e comecemos a escutar, incluir e representar essas pessoas nos espaços onde se decide o futuro do país.
Nada sobre nós sem nós.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Lançamento Projeto " Tecendo Redes Inclusivas Anticapacitistaw

A imagem possui fundo branco com detalhes em degradê azul na parte inferior e pequenos círculos azuis no canto superior direito e inferior esquerdo.  No centro, há o logotipo com figuras estilizadas em azul formando um círculo, cada uma com um ícone relacionado à deficiência (como surdez, deficiência visual, cadeira de rodas e tecnologia assistiva) dentro de círculos roxos e azuis. Na base da figura central, há um pequeno triângulo com as cores da bandeira LGBTQIA+ progressista.  Abaixo do logotipo, está o texto: TECENDO (em letras maiúsculas azul-escuro) REDES INCLUSIVAS (em letras maiúsculas menores, azul-escuro) ANTICAPACITISTA (em letras maiúsculas, cada sílaba com uma cor diferente: lilás, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho).  No canto inferior direito, há a ilustração de uma mulher negra com cabelo crespo solto, usando óculos escuros, jaqueta preta, blusa amarela e calça azul. Ela segura uma bengala longa branca na mão esquerda e, na mão direita, um cartão azul com o símbolo internacional de acessibilidade (cadeira de rodas) em branco.  No canto inferior central, aparecem dois logotipos:  INCLUSIVASS: formado por borboletas coloridas agrupadas em forma de símbolo feminino.  elas+ com o texto “doar para transformar” abaixo e duas flores vermelhas acima.  No canto superior esquerdo, há várias borboletas coloridas espalhadas.


É 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐡𝐨𝐣𝐞 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 “𝐓𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬”, 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐨 𝐝𝐨 𝐅𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐄𝐥𝐚𝐬+!

Uma iniciativa do 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐅𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬𝐬, que surge da urgência de combater as 𝐯𝐢𝐨𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬, 𝐨 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐞 𝐚 𝐞𝐱𝐜𝐥𝐮𝐬ã𝐨
que ainda marcam a experiência de mulheres com deficiência nos espaços online.

O projeto propõe a criação do 𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫á𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬, voltado à promoção de uma cultura digital que seja anticapacitista, ética, acessível, segura e realmente para todas e todes.

A estratégia de ação inclui:
- Oficinas virtuais com participação ativa de mulheres com deficiência;
- Campanhas de conscientização nas redes, para ampliar o debate sobre capacitismo e violência digital.
-Live
𝐂𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞 𝐯𝐢𝐨𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 são formas de controle dos nossos corpos, da nossa fala e da nossa existência.
Este projeto é também um grito de liberdade e de reconstrução do digital como espaço de expressão, autonomia e resistência.

A coordenação é do Movimento Feminista Inclusivass, que há anos atua por visibilidade, escuta e políticas públicas para mulheres com deficiência.
Nosso compromisso é com a vida, com os direitos humanos e com um futuro onde a inclusão não seja exceção, mas regra.

📲 Nos acompanhe nas redes sociais e fortaleça com a gente essa construção coletiva.
Vamos tecer juntas um digital anticapacitista!

sábado, 22 de fevereiro de 2025

𝐏𝐥𝐞𝐧𝐚́𝐫𝐢𝐚 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐮𝐚𝐥 𝐝𝐨 𝐋𝐞𝐯𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐅𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐨 𝐅𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢́𝐝𝐢𝐨, 𝐋𝐞𝐬𝐛𝐨𝐜𝐢́𝐝𝐢𝐨 𝐞 𝐓𝐫𝐚𝐧𝐬𝐟𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢́𝐨 𝐝𝐨 𝐑𝐒.

Print da tela da plenária


Na terça-feira, ocorreu a 𝗣𝗹𝗲𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗮 𝗘𝘀𝘁𝗮𝗱𝘂𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗟𝗲𝘃𝗮𝗻𝘁𝗲 𝗙𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗼 𝗙𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝗰𝗶́𝗱𝗶𝗼, 𝗟𝗲𝘀𝗯𝗼𝗰𝗶́𝗱𝗶𝗼 𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗳𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝗰𝗶́𝗱𝗶𝗼 𝗱𝗼 𝗥𝗦, reunindo diversos movimentos do estado em um encontro de fortalecimento da luta por justiça e proteção às mulheres. O evento contou com a presença das mulheres indígenas Kaingang, que integram o GT Guarita pela Vida, reforçando a importância da união entre diferentes frentes na defesa da vida das mulheres.


Durante a reunião, a companheira 𝗖𝗮𝗿𝗼𝗹 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗼𝘀 foi indicada 𝗽𝗼𝗿 𝘂𝗻𝗮𝗻𝗶𝗺𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲 para representar o 𝑪𝒐𝒎𝒊𝒕𝒆̂ 𝑵𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝑪𝒂𝒎𝒑𝒂𝒏𝒉𝒂 𝒅𝒐 𝑳𝒆𝒗𝒂𝒏𝒕𝒆 𝑭𝒆𝒎𝒊𝒏𝒊𝒔𝒕𝒂 𝒄𝒐𝒏𝒕𝒓𝒂 𝒐 𝑭𝒆𝒎𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊́𝒅𝒊𝒐.

Desde o início da campanha, Carol tem sido uma peça fundamental na construção desse movimento, trabalhando com pautas voltadas para mulheres com deficiência e sobreviventes de tentativa de feminicídio.

Nós, do movimento feminista, nos orgulhamos e reconhecemos sua trajetória e compromisso no enfrentamento à violência de gênero.
Seguimos juntas na luta por justiça, segurança e dignidade para todas! ✊💜

#PorTodasNos
#FundoElas 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

𝗖𝗮𝗿𝘁𝗮 𝗮𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗮 𝗧𝗵𝗮𝗶𝘀 𝗛𝗶𝗽ó𝗹𝗶𝘁𝗼

 

A imagem apresenta uma fotografia de uma mulher de óculos, com cabelo escuro e pele clara, fazendo um leve biquinho. O fundo da imagem é predominantemente roxo, com um símbolo feminino inclinado no canto superior direito, decorado com folhas verdes e pequenas estrelas amarelas.    O texto na imagem inclui:   - **"CARTA ABERTA"**, escrito em letras maiúsculas e cor marrom escuro.   - **"THAÍS HIPÓLITO"**, em branco e destacado, com "HIPÓLITO" em uma fonte maior e mais estilizada.   - **"Porto Alegre, 13 de fevereiro de 2025"**, posicionado na parte inferior da imagem, em branco e menor.    A imagem transmite um tom sério e de reivindicação, sugerindo um comunicado público importante sobre Thaís Hipólito.

𝘘𝘶𝘦𝘳𝘪𝘥𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘢𝘯𝘩𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘭𝘶𝘵𝘢 𝘛𝘩𝘢𝘪𝘴,

Esta mensagem expressa a nossa indignação e a necessidade urgente de justiça.

Nos conhecemos em 2022 através da companheira Lara, e logo começaste a participar do projeto𝗛𝗶𝘀𝘁ó𝗿𝗶𝗮𝘀 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗮𝗱𝗮𝘀.

Foi ali que tivemos a oportunidade de conhecer a tua trajetória, que representa tantas 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲𝘃𝗶𝘃𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗱𝗲 𝘁𝗲𝗻𝘁𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮 𝗱𝗲 𝗳𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝗰í𝗱𝗶𝗼.

Lembramos do quão difícil foi para ti narrar tudo o que aconteceu naquele 𝟮 𝗱𝗲 𝗺𝗮𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟭.

Ao te escutar, tivemos ainda mais certeza de que a nossa luta, que já atravessa mais de uma década dentro do movimento feminista, precisa continuar.

Como tantas mulheres, viveste um relacionamento abusivo, e quando decidiste dar um basta, tua decisão não foi 𝗿𝗲𝘀𝗽𝗲𝗶𝘁𝗮𝗱𝗮.

Naquele dia, após um exaustivo plantão de 17 horas, estavas na parada de ônibus, cansada e sem forças, quando viste teu corpo ser brutalmente agredido por alguém que um dia disse te amar.

Mesmo sem forças, lutaste pela tua 𝘃𝗶𝗱𝗮, pela tua 𝘀𝗼𝗯𝗿𝗲𝘃𝗶𝘃ê𝗻𝗰𝗶𝗮.

Como tantas outras mulheres que passaram por essa 𝘃𝗶𝗼𝗹ê𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗲𝘅𝘁𝗿𝗲𝗺𝗮, carregas marcas físicas e emocionais que jamais deveriam existir.

Muitas das que sobrevivem a 𝘁𝗲𝗻𝘁𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗳𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝗰í𝗱𝗶𝗼 tornam-se 𝗺𝘂𝗹𝗵𝗲𝗿𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗱𝗲𝗳𝗶𝗰𝗶ê𝗻𝗰𝗶𝗮, vivendo diariamente os impactos dessa brutalidade.

𝗡ó𝘀, 𝗲𝗻𝗾𝘂𝗮𝗻𝘁𝗼 𝗺𝗼𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗳𝗲𝗺𝗶𝗻𝗶𝘀𝘁𝗮 𝗜𝗻𝗰𝗹𝘂𝘀𝗶𝘃𝗮𝘀𝘀, 𝗲𝘅𝗶𝗴𝗶𝗺𝗼𝘀 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶ç𝗮 𝗲 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗿é𝘂 𝗽𝗮𝗴𝘂𝗲 𝗽𝗲𝗹𝗼 𝗰𝗿𝗶𝗺𝗲 𝗰𝗼𝗺𝗲𝘁𝗶𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝘁𝗶.

Não aceitaremos que o machismo e toda a sua estrutura social e cultural continuem marcando e destruindo nossas vidas.

Lutamos para que nenhum agressor fique impune, para que as mulheres possam viver sem medo e para que o sistema de justiça cumpra seu papel de proteger e garantir direitos.

𝗤𝘂𝗲 𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗱𝗶𝗮 𝘀𝗲𝗷𝗮 𝘂𝗺 𝗺𝗮𝗿𝗰𝗼 𝗻𝗮 𝘁𝘂𝗮 𝘁𝗿𝗮𝗷𝗲𝘁ó𝗿𝗶𝗮, 𝘣𝘢𝘴𝘵𝘢!

Seguimos firmes ao teu lado, pois 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶ç𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘁𝗶 é 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶ç𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀!

Que a tua coragem inspire mudanças, que tua história não seja esquecida e que nenhuma outra mulher tenha que passar pelo que passaste.

𝐏𝐨𝐫 𝐭𝐢, 𝐩𝐨𝐫 𝐧ó𝐬, 𝐩𝐨𝐫 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬. 𝐉𝐮𝐬𝐭𝐢ç𝐚 𝐣á!

Com toda a nossa solidariedade e força,

13 de fevereiro de 2025
𝘔𝘰𝘷𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘍𝘦𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵𝘢 𝘐𝘯𝘤𝘭𝘶𝘴𝘪𝘷𝘢𝘴𝘴

sábado, 23 de novembro de 2024

Lançamento Projeto Por Todas Nós

Foto mesa cheia de coisas, um lenço do Levante e materiais das Inclusivass


O lançamento do Projeto Por Todas Nós, ocorrido na última sexta-feira, 22 de novembro, na sede do Coletivo Feminino Plural, como parte da agenda dos 21 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres. O projeto foca nos impactos das enchentes recentes na vida das mulheres gaúchas, especialmente as mulheres com deficiência, oferecendo apoio àquelas que sofreram perdas significativas.

Durante o evento, houve partilha de vivências relacionadas à enchente, incluindo os esforços realizados pelas Inclusivass, que prestou assistência a mulheres e crianças da região sul de Porto Alegre através de doações. O debate incluiu a necessidade de incorporar a crise climática à agenda dos movimentos feministas, destacando a intersecção entre gênero e questões ambientais.
Outros tópicos abordados foram o aumento do feminicídio no estado e a falta de políticas públicas para enfrentá-lo. A reunião contou com a participação de diversas organizações e movimentos, como:
Coletivo Feminino Plural, Fórum Municipal da Mulher de Porto Alegre, Levante Feminista Contra o Feminicídio RS e nacional, Observatório da Lupa Feminista, Querelas Jornalistas Feministas, Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Sindjors, Clínica Feminista e Conselho Estadual dos Direitos Humanos.
O projeto recebe apoio do Fundo Elas+, reforçando a importância de iniciativas que conectem o combate à violência de género com a promoção de justiça social e climática.