quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

COLUNA DAS INCLUSIVASS- Jornal Brasil de Fato RS: Mulheres com deficiência: a luta histórica contra o patriarcado capacitista e pelo direito de existir.

 

Carol Santos*

A história das pessoas com deficiência e, especialmente, das mulheres com deficiência é marcada por violência, exclusão e silêncio imposto. Por séculos, esses corpos foram tratados como propriedade de famílias, instituições ou do Estado. Foram tuteladas, infantilizadas, segregadas e privadas de autonomia. Suas experiências foram desconsideradas, e seus direitos, negados.

No caso das mulheres, tudo isso se amplia pela força do patriarcado. O machismo e o capacitismo se combinam para produzir um tipo específico de opressão, na qual o controle sobre o corpo, a sexualidade, a capacidade de decisão e a participação pública é intensificado. A misoginia o ódio às mulheres ganha uma camada adicional quando dirigida a mulheres com deficiência, frequentemente vistas como “menos mulheres”, “menos capazes”, “menos dignas”.

Essa combinação transforma muitas delas em alvos três vezes mais expostos à violência: física, psicológica, sexual, patrimonial, institucional e obstétrica. A dependência produzida pelas barreiras sociais e a falta de acessibilidade deixam muitas mulheres com deficiência vulneráveis dentro da própria casa, nas instituições de saúde, nos abrigos e até nos serviços que deveriam protegê-las.

O silêncio social e o descrédito fruto do capacitismo agravam ainda mais a situação: muitas denúncias não são levadas a sério, muitas vozes são ignoradas.

Ainda assim, mesmo atravessando essas múltiplas violências, mulheres com deficiência sempre resistiram. E é graças a essa resistência que hoje podemos falar de direitos.

Uma trajetória que deixou marcas profundas

A exclusão das pessoas com deficiência  e especialmente das mulheres  não foi um acidente histórico: foi um projeto sustentado pelo patriarcado, pelo machismo estrutural e pela crença capacitista de que corpos não normativos não pertencem à vida social.

As marcas dessa história ainda estão presentes: escolas inacessíveis, falta de oportunidades de trabalho, invisibilidade política, esterilizações forçadas, tutela compulsória e o questionamento constante da capacidade dessas mulheres de decidir sobre suas próprias vidas.

Da negação ao reconhecimento: uma linha histórica de luta

1960–1970 — nascimento do movimento moderno e do modelo social

Nesta época, pessoas com deficiência começam a se organizar internacionalmente, denunciando o isolamento imposto. É nesse ambiente que nasce o modelo social da deficiência, afirmando que os obstáculos não estão nos corpos, mas nas barreiras culturais e estruturais que a sociedade cria.

Mulheres com deficiência passam a denunciar que, além das barreiras físicas e sociais, enfrentam ser tratadas como incapazes, assexuadas ou, ao contrário, disponíveis para o abuso  fruto direto da misoginia e do capacitismo.

2006 — Convenção Internacional da ONU

Aprovada após intensa mobilização global, a Convenção coloca a deficiência no campo dos direitos humanos, reconhecendo autonomia, participação, igualdade e acessibilidade como princípios fundamentais.
É uma resposta direta a séculos de violências sustentadas pelo machismo e pelo capacitismo.

2009 — O Brasil incorpora a Convenção com status constitucional

É um marco: o país se compromete a enfrentar todas as formas de opressão, incluindo as violências de gênero e de deficiência, que limitam profundamente a vida das mulheres.

2015 — Lei Brasileira de Inclusão

Após décadas de reivindicação, a LBI consolida direitos básicos e cria mecanismos de proteção e participação social.
Ainda que tardia, é uma lei que reconhece que pessoas com deficiência  inclusive mulheres  têm o direito de existir, amar, decidir e participar plenamente da sociedade.

Mas que direitos são esses que levaram tanto tempo para chegar?

São direitos que deveriam ser óbvios, mas foram negados por séculos:

  • viver sem violência  em casa, na rua, nas instituições e no digital

  • ter autonomia sobre o próprio corpo, maternidade e sexualidade

  • exercer trabalho digno e remunerado

  • estudar em escolas inclusivas e acessíveis

  • circular pela cidade com segurança

  • participar da política e da vida pública

  • acessar saúde sem discriminação

  • amar, desejar, construir sua própria vida

  • existir sem tutela imposta

Esses direitos só se tornaram garantias formais por causa da luta coletiva  e principalmente da luta das próprias mulheres com deficiência.

Mulheres com deficiência têm desafiado o patriarcado capacitista ao afirmar:

não somos frágeis demais para decidir,
nem fortes demais para sofrer caladas;
não somos objetos de cuidado;
somos sujeitos de direitos.

Elas reivindicam voz, representação, segurança, autonomia, acessibilidade e respeito. São cada vez mais protagonistas na denúncia das violências escondidas sob o nome de “proteção”, e na construção de políticas públicas que reconhecem suas vidas como dignas.

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, é preciso reafirmar:
direitos humanos só existem quando todas as pessoas conseguem exercê-los  sem machismo, sem violência, sem misoginia e sem capacitismo.

Carol Santos  é ativista feminista, sobrevivente de tentativa de feminicídio e faz parte do Movimento Feminista Inclusivass.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Vivian Virissimo
Texto publicado na Coluna das Inclusivass em 10/12/2025





terça-feira, 9 de dezembro de 2025

 

Card com fundo preto com o desenho da bandeira do Brasil em traços brancos. No centro, onde normalmente aparece a faixa com o lema da bandeira, está escrito “Não há dia de paz”. A faixa está manchada por um filete de sangue vermelho que escorre para fora do círculo, marcando a imagem com gotas que caem até a parte inferior. Abaixo, em letras grandes e brancas, aparece a palavra “MULHERES”, parcialmente coberta por uma mancha vermelha que simboliza sangue. No topo da imagem estão os logos do Inclusivass e do Fundo Elas+.

Os 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher aconteceram em um cenário no qual, diariamente, TVs, jornais e rádios estamparam a barbárie cometida contra mulheres em todo o país. Mulher assassinada e estuprada enquanto praticava exercício; duas mulheres mortas pelo colega que não aceitava ser chefiado por mulheres; uma mulher grávida e crianças mortas em um incêndio criminoso; uma mulher arrastada por mais de um quilômetro pelo ex-companheiro  e tantos outros casos que nos atravessam, nos impactam e nos paralisam.

A violência contra as mulheres segue brutal, cotidiana e escancarada. Mulheres violentadas e estupradas por grupos misóginos, como os chamados red pills, tornam-se combustível para o mundo virtual, alimentando algoritmos que fortalecem ainda mais o discurso de ódio contra nós. Misóginos têm espaço garantido para disseminar violência e as plataformas lucram com essa dinâmica. É uma internet que autoriza, pela falta de responsabilização, a continuidade desses crimes, porque a legislação atual não acompanha a velocidade nem a complexidade da violência digital.

As vítimas se tornam palco desses horrores e, no dia seguinte, desaparecem da narrativa pública. Já os feminicidas e agressores viram manchete, ganham fama, alimentam seguidores e fortalecem o imaginário que culpa as próprias mulheres pela violência que sofrem. Em pleno século XXI, ainda assistimos à sociedade responsabilizar mulheres vítimas de feminicídio ou tentativa de feminicídio  porque “não denunciaram”, “não saíram antes”, “voltaram para o agressor” ou, quando conseguem romper, porque “reconstruíram a vida”. A mensagem é sempre a mesma: a culpa é da mulher.

A verdade é que não existem condições adequadas de acolhimento, suporte psicológico, autonomia econômica, políticas de prevenção ou redes de proteção que garantam às mulheres caminhos reais para romper o ciclo da violência. A legislação falha, demora e não alcança a complexidade da violência de gênero especialmente a violência digital, que cresce sem freios e sem responsabilização efetiva.

No Rio Grande do Sul, estado que ocupa o 5º lugar no índice de violência contra as mulheres, os números são alarmantes. Segundo dados do Observatório da Lupa Feminista, até o fim de novembro deste ano, 78 mulheres foram assassinadas, além das muitas que sobreviveram a tentativas de feminicídio  mulheres cujas sequelas físicas, emocionais e sociais ainda desconhecemos e que o Estado raramente acompanha.

Mudar essa realidade é urgente. Não existe enfrentamento à violência contra as mulheres sem responsabilização do Estado, sem políticas públicas consistentes, sem educação para igualdade de gênero e, principalmente, sem colocar os homens dentro do debate. A violência que mata, mutila, controla e silencia mulheres é produzida, ensinada e reproduzida por uma cultura que naturaliza a misoginia e transforma nosso sofrimento em espetáculo.

É hora de romper esse ciclo.
É hora de responsabilização.
É hora de transformar indignação em política pública.

Porque nenhuma mulher deveria sobreviver ao terror para só então ser vista.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

A MISOGINIA VIROU MERCADORIA!


A imagem mostra uma mulher, vista de costas, parada em frente a uma parede revestida com azulejos. Ela observa um cartaz feito à mão onde se lê “Basta de feminicídio!”, acompanhado de uma marca de mão em vermelho e de uma hashtag escrita abaixo. A mulher veste um vestido às riscas coloridas e carrega uma sacola azul.  Abaixo da fotografia, há um título de coluna que discute como a misoginia — descrita como “ódio às mulheres” — tem sido transformada em mercadoria dentro do capitalismo digital. O texto é apresentado em letras vermelhas sobre fundo branco, com identificação da coluna e da autora.



Nosso primeiro texto publicado no Jornal Brasil de Fato RS.

O que vemos nas últimas semanas escancara um silêncio cúmplice diante da misoginia um ódio às mulheres que tem se fortalecido, transformando-se em mercadoria para o capitalismo digital. Homens cometem crimes bárbaros contra mulheres e, ainda assim, viram manchete, ganham visibilidade, engajamento e até seguidores. Enquanto isso, as vítimas são colocadas de lado, apagadas ou reduzidas a notas rápidas, e os algoritmos continuam impulsionando misóginos que lucram disseminando ódio em plataformas e grupos.


Os crimes recentes, que ceifam vidas, mutilam corpos e incluem violência sexual extrema, mostram como a misoginia virou espetáculo, palco do terror. Feminicidas e agressores ganham fama às custas de mulheres mortas, violentadas e, quando sobrevivem, muitas vezes mutiladas.

É o caso de Taynara Souza Santos, atropelada pelo ex-companheiro e arrastada por mais de um quilômetro. Ela teve as duas pernas amputadas pela gravidade dos ferimentos mais uma mulher que se torna pessoa com deficiência após uma tentativa brutal de feminicídio. Uma sobrevivente da violência que tenta nos destruir física, emocional e socialmente.

E o mais revoltante é perceber como, mesmo diante dessa crueldade, a sociedade insiste em naturalizar a misoginia. Surgem justificativas, insinuações, dúvidas sobre a vítima. A violência extrema é tratada como tragédia isolada, quando na verdade é fruto direto do machismo estrutural que organiza nossa sociedade.

As plataformas digitais, que lucram com o ódio viralizado, tornam-se cúmplices ao permitir que discursos antifeministas circulem com força, criando comunidades inteiras dedicadas a atacar, humilhar, perseguir e incentivar violência contra mulheres. A misoginia virou conteúdo, entretenimento, negócio e isso exige que nossa luta enfrente não só os agressores, mas também os sistemas que alimentam e amplificam essa violência.

Histórias como a de Taynara seguem se repetindo. As que sobrevivem carregam marcas físicas e emocionais de uma violência que tenta nos calar, controlar e destruir. E, quando sobrevivem, enfrentam também o capacitismo, o abandono do Estado e a invisibilidade da mídia.

Não podemos permitir que a misoginia continue sendo espetáculo, e que a violência contra nós seja monetizada.

Nosso compromisso é com a memória das que se foram, com a proteção das que ainda vivem e com a luta das que sobrevivem. Seguimos denunciando, nomeando e enfrentando.
Porque nossas vidas não são mercadoria e nossos corpos não são território de violência.

Movimento Feminista Inclusivass

Texto publicado na Coluna das Inclusivass no Jornal Brasil de Fato, em 06/12/2025

sábado, 6 de dezembro de 2025

PodCast de Fato: Capacitismo e questão de gênero ainda são pouco debatidos no país, alerta Carol Santos

 



Segundo o Censo 2022 do IBGE, o Brasil tem 8,3 milhões de mulheres com deficiência. Os números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2023) revelam a dimensão da vulnerabilidade: 8,5 milhões de mulheres foram vítimas de stalking no último ano e 1,5 milhão teve imagens íntimas vazadas sem consentimento.

Para enfrentar esse cenário, o Movimento Feminista Inclusivass, com apoio do Fundo ELAS+, lançou o Guia Anticapacitista de Boas Práticas Digitais, uma publicação pioneira que propõe caminhos para tornar os ambientes online mais seguros, acessíveis e justos.

O guia apresenta o conceito de violência capacitista digital de gênero, destacando como mulheres e mulheres LBTs com deficiência sofrem uma tripla opressão no ambiente virtual — marcada pela falta de acessibilidade técnica, pela deslegitimação de suas vozes e por discursos que reforçam exclusões históricas.

Para aprofundar esse tema, o De Fato recebe Carol Santos, uma das fundadoras do Inclusivass, que explica como o guia foi construído, os desafios enfrentados pelas mulheres com deficiência dentro e fora das redes e as ações necessárias para promover uma internet verdadeiramente inclusiva.

Link do PodCast:

sábado, 29 de novembro de 2025

NOTA- Dia Internacional das Defensoras dos Direitos Humanos

Card fundo roxo com textura, e no topo lê-se o texto: “Dia Internacional das defensoras de Direitos Humanos”.  Ao centro, em letras grandes e azul-claro, está a frase: “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos.”  Na parte inferior, surge uma ilustração de várias mulheres diversas.


Hoje, no Dia Internacional das Defensoras dos Direitos Humanos, nós, mulheres com deficiência, reafirmamos a nossa luta coletiva por dignidade, igualdade e justiça. Defendemos os nossos direitos a partir de uma agenda feminista inclusiva e interseccional, construída com as nossas próprias vozes, experiências e resistências.


Nós criamos e construímos a Carta das Mulheres com Deficiência do RS, e é a partir dela do nosso trabalho, da nossa vivência e do nosso protagonismo que seguimos a exigir políticas públicas que garantam acessibilidade plena, autonomia, saúde integral, educação inclusiva, participação política efetiva e o fim de todas as formas de violência: física, psicológica, sexual, institucional, obstétrica e socioeconômica.


Reafirmamos com firmeza que:

A violência digital não pode ser mais um tipo de violência que nos silencia.

Ela tenta restringir a nossa presença nos espaços online, reforça o capacitismo, dissemina ódio e ameaça a nossa liberdade de expressão. Exigimos medidas concretas do Estado e das plataformas digitais para prevenir, monitorizar e responsabilizar autores de violência digital contra mulheres com deficiência.

Seguimos também na luta contra o capacitismo estrutural e digital, que insiste em nos invisibilizar, infantilizar e excluir dos processos de decisão.

A nossa existência é política. A nosso movimento é resistência. A nossa voz é instrumento de transformação.


Continuaremos unidas, firmes e incansáveis, construindo um presente e um futuro onde todas as mulheres com deficiência possam viver com liberdade, segurança e dignidade.

Movimento Feminista Inclusivass 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Lançamento "Guia Anticapacitista de Boas Práticas Digitais.

A capa do guia aparece ilustrada à esquerda, mostrando uma pessoa sentada com um laptop e um megafone, além de uma pessoa com bengala e um cão-guia. Há ícones de acessibilidade dispostos em uma faixa vertical, representando diferentes tipos de deficiência (motora, visual, auditiva, intelectual etc.).  À direita, em letras grandes e brancas: “VENHA PARA O LANÇAMENTO!”  🔹 Informações do evento:  Data: 15/11/2025 (sábado)  Horário: 19:00  Local: Clube do Comércio  Endereço: R. dos Andradas, 1085, 3º andar – Praça da Alfândega – Centro Histórico  🔹 Realização e Apoio: Na parte inferior, há logotipos das instituições envolvidas:  Realização: INCLUSIVASS  Apoio: ELAS+ e Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos  Parceiras: Feminino Plural, Querela, Marta Pimenta, Com Catavento, Estúdios Eliane Lopes e Taga Relas  O fundo do cartaz é azul com linhas e pontos interligados, remetendo a uma rede digital.



 Vem com a gente!

No dia 𝟏𝟓 𝐝𝐞 𝐧𝐨𝐯𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 (sábado), às 𝟏𝟗𝐡 , acontece o lançamento do “𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫𝐚́𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬”
O 𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫𝐚́𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬 é uma iniciativa do 𝐏𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐓𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬, desenvolvido pelo Movimento Feminista Inclusivass do Rio Grande do Sul, com apoio do Fundo ELAS+, que desde 2016 fortalece o protagonismo das mulheres e meninas com deficiência no RS e no Brasil, garantindo a defesa e a visibilidade dos seus direitos humanos.
Este material foi construído de forma coletiva, com compromisso feminista e interseccional, que busca formar, conscientizar e ampliar o conhecimento sobre capacitismo digital e violência de gênero online, ao mesmo tempo em que promove a inclusão digital das mulheres com deficiência.
📍 Local: Clube do Comércio
📫 Endereço: Rua dos Andradas, 1085 – 3º andar, Praça da Alfandega-Centro Histórico (Porto Alegre)
Realização: Inclusivass
Apoio: Fundo Elas+
Parcerias: Coletivo Feminino Plural, Themis-Gênero, Justiça e Direitos Humanos, Querela Jornalistas Feministas, TagaReLas, Marta Moura, Centro Referência Lisiane Lopes, Ong Ester Mulher, Elizete Morais Consultoria em Beleza

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

𝟐𝐚 𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 – 𝐅𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬!

 

Título principal: “2ª Oficina Anticapacitista no Digital” Logo abaixo, em destaque dentro de uma faixa roxa: “Fortalecendo Mulheres”  🔹 Informações do evento:  Data: 15 de novembro  Horário: das 17h às 19h  Local: Clube do Comércio Endereço: R. dos Andradas, 1085, 3º andar – Praça da Alfândega, Centro Histórico  Os ícones de calendário e localização acompanham as informações, tornando a leitura visualmente acessível.  Rodapé com logotipos de organizações envolvidas:  Realização: INCLUSIVASS  Apoio: ELAS+ (doar para transformar)  Parcerias:  Feminino Plural  Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos  Querela  Centro de Referência Professora Lisiane Lopes  Associação Gaúcha de Profissionais de Acessibilidade e Inclusão (AGPAI)  Taga Relas  Coletivo Feminista Helen Keller  Ong Balaio das Andas  Elizete Martins

𝟐𝐚 𝐎𝐟𝐢𝐜𝐢𝐧𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐧𝐨 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 – 𝐅𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬!

No dia 15 de novembro, o movimento Inclusivass convida todas para mais um encontro potente dentro da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Vamos falar sobre segurança digital, tipos de violência digital de gênero e continuidade da oficina de bordado.
📅 Data: 15/11
🕕 Horário: 17h às 19h
📍 Local: Clube do Comércio – R. dos Andradas, 1085, 3º andar, Praça da Alfândega – Centro Histórico
Realização: Inclusivass
Apoio: Fundo Elas+
Parcerias: Coletivo Feminino Plural, Themis, Querela Jornalista Feminista, Taga Relas, Coletivo Helen Keller, Ong Ester Mulher, Centro de Referência Profª Lisiane Lopes e Consultoria em Beleza Elizete Martins
𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐟𝐨𝐫𝐭𝐚𝐥𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐦𝐮𝐥𝐡𝐞𝐫𝐞𝐬 𝐞́ 𝐭𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬!

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

 

Movimento feminista lança guia anticapacitista na Feira do Livro”  📅 Data e horário da publicação: 6 de novembro de 2025 – 16h54  📍 Seção: Cultura  📝 Subtítulo: “Material traz orientações sobre práticas digitais inclusivas, linguagem acessível e estratégias de autocuidado e segurança digital.”  📧 Créditos: Sul21 — sul21@sul21.com.br  Abaixo do texto, há uma fotografia de grupo, mostrando várias pessoas sorrindo, reunidas em um ambiente interno, provavelmente no evento de lançamento do guia mencionado. Ao fundo, vê-se um banner com o logotipo da Câmara do Livro, indicando a conexão com a Feira do Livro de Porto Alegre.

𝐄𝐬𝐭𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐧𝐨 𝐉𝐨𝐫𝐧𝐚𝐥 𝐒𝐮𝐥𝟐𝟏!

Ontem tivemos a divulgação do lançamento do Guia Anticapacitista de Boas Práticas Digitais no Jornal Sul21.
O guia será lançado oficialmente no dia 15/11 na Feira do Livro de Porto Alegre.
O Guia também traz, na sua construção, reflexões sobre como a mídia pode ser anticapacitista, fortalecendo práticas de comunicação mais inclusivas e acessíveis.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

𝐌𝐄𝐍𝐈𝐍𝐀 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐌𝐀̃𝐄. 𝐄𝐒𝐓𝐔𝐏𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑 𝐍𝐀̃𝐎 𝐄́ 𝐏𝐀𝐈.

Card Roxo escuro, com textura levemente envelhecida.  Texto principal (em destaque): “CRIANÇA NÃO É MÃE, ESTUPRADOR NÃO É PAI”  As palavras “CRIANÇA” e “NÃO É MÃE” estão em verde, enquanto “ESTUPRADOR NÃO É PAI” aparece em bege claro, com uma tipografia forte e de impacto.   Ilustração: No canto inferior esquerdo, há o desenho de uma criança negra em uma cadeira de rodas, com camiseta verde e shorts escuros. A criança segura uma flor amarela em uma das mãos e cobre o rosto com a outra, em um gesto de tristeza.   Logotipos e créditos: No canto inferior direito, aparecem os logotipos das organizações:  INCLUSIVASS (movimento feminista anticapacitista)  ELAS+ (doar para transformar)  Texto adicional: Abaixo, o arroba @inclusivassfeminista, indicando o perfil da iniciativa nas redes sociais.


O Movimento Feminista Inclusivass se posiciona com firmeza contra o retrocesso aprovado pela Câmara dos Deputados.

Aprovou-se um projeto que suspende a regulamentação do aborto legal para meninas vítimas de estupro, um direito garantido há mais de 80 anos no Brasil.
O PDL também revoga uma norma do Conanda que apenas organizava políticas públicas de proteção e proíbe campanhas contra o casamento infantil.
Isso não é sobre burocracia. É sobre POLÍTICA de controle dos corpos das mulheres e meninas, especialmente as mais vulnerabilizadas.
Num país onde mais de 34 mil meninas menores de 14 anos estão em uniões conjugais, o retrocesso revela a face mais cruel de uma política que naturaliza a violência sexual e institucional.
As mulheres e meninas com deficiência são ainda mais expostas a esse tipo de violência.
Segundo estudos do Ministério dos Direitos Humanos, mulheres com deficiência têm de 2 a 3 vezes mais chances de sofrer abuso sexual.
A maioria dos casos ocorre dentro de casa, por pessoas conhecidas ou responsáveis por seus cuidados e a subnotificação é altíssima devido à falta de acessibilidade, escuta qualificada e acolhimento seguro.
Por isso, reafirmamos:
- Meninas e mulheres com deficiência precisam de proteção, não de punição.
- O Estado deve garantir acesso, acolhimento e políticas públicas inclusivas.
- A luta feminista é também anticapacitista e pelos direitos reprodutivos.
Respeitem nossos corpos, nossas vozes e nossos direitos.

Movimento Feminista Inclusivass