terça-feira, 5 de janeiro de 2016

HIV transmitido por cabeçada? Só em `Malhação` mesmo

HIV transmitido por cabeçada? Só em `Malhação` mesmo



Agência Aids – Continua gerando polêmica a cena da novelinha teen da Globo, “Malhação”, exibida no dia 25 de dezembro, em que os personagens Henrique (Thales Cavalcanti) e Luciana (Marina Moschen) dão uma cabeçada durante um jogo de basquete e se machucam. O garoto, assustado, revela ser soropositivo desde o nascimento e inicia-se uma sequência de cenas acusadas pelo movimento social e por especialistas de “desserviço” ao público por causa da abordagem considerada errada tanto do ponto de vista científico, como social, por reforçar estigmas e preconceitos. Nesta segunda-feira (4), a repórter Mirthyani Bezerra, do portal UOL, ouviu a coordenadora adjunta do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo para esclarecer que HIV não se transmite por cabeçada. Leia a seguir:
HIV transmitido por cabeçada? Médica explica contágio e prevenção do vírus
Um episódio  de “Malhação”, novela voltada para o público adolescente da Rede Globo, veiculado no final de dezembro, tem gerado polêmica nas redes sociais sobre a transmissão do vírus HIV e os direitos de pacientes soropositivos. Parte do público, além de ativistas e organizações não governamentais, ficou insatisfeita com a maneira como o tema foi abordado, apontando falta de informação sobre o assunto por parte dos produtores da novela e tom alarmista.
No capítulo veiculado no dia 25 de dezembro, os personagens Henrique e Luciana se chocam durante um jogo de basquete na escola. Os dois se ferem na testa e o rapaz, que é soropositivo, se preocupa com a possibilidade de ter infectado a jovem. Ele decide contar a ela que tem o vírus HIV e, na sequência, leva Luciana a um serviço de saúde. No local, é receitada a PEP (profilaxia pós-exposição) e a menina começa a fazer o tratamento.
Na PEP, a pessoa exposta deve tomar, durante 28 dias consecutivos, medicamentos antirretrovirais, em até 72 horas após a exposição. A infectologista Rosa Alencar (foto), coordenadora adjunta do Programa de DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, explicou que existem três situações em que a PEP é receitada: violência sexual, ato sexual consentido sem proteção com pessoa sabidamente soropositiva e por acidentes ocupacionais e profissionais – como um profissional da saúde que se espeta com agulha usada em paciente com HIV, por exemplo.
No caso da novela, Rosa Alencar afirma que a chance de transmissão seria mínima, “ainda mais em um contato tão rápido”. “Mas, a indicação é avaliar a situação do paciente. Se a pessoa ficou abalada com aquilo, a gente indica o tratamento apesar da pouca probabilidade”, diz.
A chance de transmissão muda conforme o tempo de exposição, a chance de secreção contaminante e a carga viral do paciente. Há pessoas que por causa do tratamento possuem uma carga viral indetectável em que, no caso de exposição sexual, “a chance de transmissão é teórica”. “Estudos mostram transmissão nula de HIV quando o paciente possui carga viral inexistente, mas existe uma gradação. Por inferência, a transmissão sexual é menos efetiva que a transmissão sanguínea”, acrescenta.
O contato com suor, lágrima, fezes, urina, vômito, secreção nasal e saliva (exceto quando há sangue), pele (exceto quando há algum tipo de ferimento) não é considerado de risco para transmissão do HIV e, por isso, não há recomendação de profilaxia.
Formas de infecção
O HIV pode ser transmitido através do sexo sem preservativo (seja ele vaginal, anal ou oral); da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado com o HIV; e instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Segundo relatório do Ministério da Saúde, a velocidade de expansão do HIV é mais alta na faixa etária entre 15 e 24 anos. Em 2014, a taxa de detecção por 100 mil habitantes era de 6,7 na população de homens de 15 a 19 anos. Em 2005, a taxa era de 2,1 por 100 mil. No grupo de 20 a 24 anos, a taxa passou de 16,0 casos por 100 mil habitantes, em 2005, para 30,3 casos por 100 mil habitantes.
A polêmica
Em nota, o Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo afirmou que a aplicação da PEP foi abordada “sem o conjunto amplo de informações que a situação exige, e ainda recheado de frases discriminatórias que em nada contribuem para o avanço da discussão do tema”.
O Fórum escreveu ainda que a decisão de contar ou não sobre a sua situação sorológica é do paciente e que ela não deve ser revelada sob o argumento da necessidade de se “tomar as medidas necessárias”, como é sugerido pela mãe da personagem Luciana no episódio, ao defender que a escola deveria saber da condição de Henrique.
A frase em que Henrique afirma que isso nunca havia acontecido com ele porque toma todos os cuidados, inclusive, evita “ao máximo fazer esportes” foi duramente criticada. A mãe do cantor Cazuza, Lucinha Araújo, presidente da Sociedade Viva Cazuza, afirmou em postagem na página da ONG do Facebook que é de fazer “chorar” um programa “destinado ao público jovem aconselhar soropositivos a não praticar esportes, a mostrar um médico receitar medicamento antirretroviral numa situação onde dois jovens dão uma cabeçada”.
A prática de exercícios é altamente recomendada para pacientes soropositivos. Segundo Rosa Alencar, atividades físicas diminuem os possíveis efeitos colaterais do tratamento com antirretrovirais. “Algumas pessoas apresentam desde efeitos colaterais simples como mal-estar gástrico, enjoos, vômitos, até alterações mais sérias, como aumento do risco de ter problemas cardiovasculares e renais, que no geral são contornáveis. Os exercícios físicos previnem o surgimento desses problemas mais sérios”, explica.
Fonte: Agência Aids, publicado em 05 de janeiro de 2015.

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

10 dicas na hora de comprar presentes de Natal para crianças com deficiência!



As lojas de brinquedo ficam cheias de compradores nesta época do ano, afinal de contas Papai Noel precisa aparecer na noite de Natal!! Só tem um probleminha, os ajudantes de Papai Noel, ou melhor falando, os vendedores de loja, nem sempre estão preparados para orientar pais e familiares na hora da escolha dos presentes para crianças com deficiência. 

A escolha de brinquedos apropriados é importante porque o brinquedo é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento das capacidades, além de ser um objeto de diversão, claro! Ou seja, se existem brinquedos apropriados, de acordo com a faixa etária da criança, existem também brinquedos apropriados para o perfil funcional das mesmas, ou seja, as habilidades que ela já possui e as outras que ela precisa desenvolver. Imagina só ter um brinquedo super legal, mas que você não consegue manipular ou usar? Frustrante, né? 

Para evitar escolhas erradas ou baseadas no “achismo”, The National Institute of Play fez uma lista de 10 características que devem ser consideradas na hora de comprar brinquedos para as crianças com deficiência: 

Estimulação multisensorial: prefira brinquedos com informações e respostas sensoriais, cores, texturas, sons e movimentos. Cores contrastantes são excelentes estímulos visuais; e quem sabe algum com cheirinhos específicos? 

Método de ativação: será que o brinquedo tem um método de ativação que exige coordenação, força ou destreza compatível com as habilidades da criança? Preste atenção neste detalhe, bem como na complexidade do brinquedo ou jogo. Existem crianças que, independente da idade, precisam de desafios menores quando comparadas a outras da mesma idade. 

Onde e como será usado brinquedo: o brinquedo pode ser usado em uma variedade de posições, tais como: deitado de lado ou na bandeja da cadeira de rodas? No ambiente da criança existe espaço para o brinquedo? Certifique-se que o espaço necessário para o uso a criança tem a seu dispor. 

As oportunidades de sucesso:  o brinquedo tem uma finalidade adaptável, ou somente um definitivo “certo”ou “errado”? Será muito bom se você achar um brinquedo que permita váriosresultados, assim a criança terá várias oportunidades de usar sem se frustrar. Este item tem relação com outro já visto “método de ativação” e busca sensibilizar para a mesma coisa: os desafios que o brinquedo impõe e se estes são compatíveis com as habilidades da criança. 

Popularidade atual: brinquedos com temas populares para a faixa etária sempre são ótimas escolhas. Procure saber que temas e personagens estão na moda entre os pequenos e procure algo com esse tema. 

A autoexpressão: será que o brinquedo permite a criatividade, originalidade e escolhas? 

Ajustavél: será que o brinquedo tem altura, volume do som, velocidade e nível de dificuldade ajustáveis? 

Características da criança: o brinquedo pode proporcionar atividades que refletem tanto as idades de desenvolvimento e cronológica? Ela reflete os interesses da criança e da idade? 

Segurança e durabilidade: considere o tamanho e a força da criança em relação à durabilidade do brinquedo. O brinquedo e as suas partes têm tamanho adequado? O brinquedo possui resistência à umidade? Pode ser lavado e limpo? 

Potencial para interação: será que a criança pode ser um participante ativo durante a utilização desse brinquedo? Será que o brinquedo é capaz de encorajar o engajamento social com os outras pessoas? 

Essas considerações vão te ajudar na hora da escolha, bem como com o seu objetivo de presentear com algo legal e útil. Claro que nem todas as características precisam existir e um só brinquedo, mas tente reunir a maior quantidade dessas características no item que vai escolher. No mais, boas compras!!



Fonte: Reab.me

Com criatividade, bar dá exemplo de inclusão de pessoas com deficiência


Imagem de uma mulher com deficiência com o braço direito serve cerveja e o esquerdo é mais curto.

Com adaptações inteligentes, o estabelecimento, localizado na Itália, permite o emprego de pessoas com limitações físicas

Com boa vontade e imaginação, os proprietários de um bar-restaurante em Bolonha, no norte da Itália, criaram um local completamente acessível a deficientes físicos - dentro e fora do balcão.

Inaugurado há poucas semanas, o L’Altro Spazio conta com uma série de simples adaptações que permitem o emprego de funcionários com limitações físicas.

A simplicidade das soluções pode ser notada já na entrada. Uma rampa de madeira, removível, facilita o ingresso de pessoas com dificuldades motoras, evitando reformas de grande porte, além da burocracia necessária para modificações na calçada pública.

Entre as novidades criadas especialmente para o local está um balcão de apenas 80cm de altura, que pode ser usado por cadeirantes, tanto de um lado quanto do outro. Dentro, as geladeiras, as garrafas, as máquinas de lavar copos e demais instrumentos de trabalho estão todos à altura de quem usa cadeira de rodas.

Um sistema de laços amarrados às torneiras da máquina de chopp permite que a bebida seja tirada usando apenas uma mão. A cozinha também foi planejada para receber empregados com deficiência.

Um dos chefs tem apenas 10% da visão. Em dias de pouco movimento, graças à disposição especial do mobiliário e dos equipamentos, ele dá conta de preparar as refeições sozinho.

No L’Altro Spazio, a maioria dos funcionários conhecem a língua dos sinais. Mas, se o surdo estiver atrás do balcão, os clientes podem ajudá-lo usando bilhetes impressos com o nome de cada bebida ou coquetel.

Para os clientes cegos, o bar oferece um mapa do local que descreve em braile a disposição das mesas, o espaço entre elas, o acesso ao bar, ao banheiro e os obstáculos presentes no salão. Além disso, o cardápio em braile traz a descrição completa dos ingredientes presentes nos drinks e pratos da casa. "Não é apenas uma questão de garantir o acesso físico, mas de conscientizar as pessoas de que, com boa vontade e formação, é possível empregar pessoas com dificuldades físicas", afirma à BBC Brasil Nunzia Vannuccini, uma das sócias do local.

Tentativa e erro




De acordo com Nunzia, o maior problema durante a construção do bar foi superar a burocracia devido à falta de padrões técnicos para a acessibilidade de funcionários com deficiência.


"Começamos do zero. Os arquitetos e marceneiros trabalharam com base no projeto desenvolvido por nós, já que, com exceção das medidas relativas à porta de entrada e aos banheiros, não existem parâmetros para este tipo de construção".



"Fizemos tudo na base da tentativa e erro", diz. "O balcão do bar, por exemplo, não era baixo e largo o suficiente. Tivemos que refazê-lo completamente".


Manuela Migliaccio, garçonete cadeirante de 31 anos, foi uma das funcionárias que ajudou os proprietários a encontrarem as medidas ideias para o local. "Não é preciso um projeto de engenharia aeroespacial. Com poucas adaptações, nós deficientes podemos fazer tudo".

Este é seu primeiro emprego desde que, há seis anos, ficou paralítica após uma queda. "Sou uma 'barwoman'. Sempre fiz este serviço porque adoro estar em contato com o público, mas até então não tinha encontrado outro emprego", diz.

Além do aspecto econômico de se ter um trabalho, Manuela considera importante "poder mostrar que os deficientes físicos são como as demais pessoas".

"As campanhas de conscientização deixam muito a desejar. Ser atendido por um 'barman' em cadeira de rodas e perceber que ele consegue fazer tudo o que os outros fazem causa nas pessoas um impacto muito maior do que qualquer teoria", afirma.

"No início, alguns clientes ficam surpresos, mas depois percebem que não há nada de tão especial em trabalhar como garçom estando numa cadeira de rodas".

Chiara Danisi, de 25 anos, que tem mal formação em um dos braços devido à doença focomelia, também contribuiu para a busca de soluções criativas ao local. "Agora, até os garçons que não têm dificuldades físicas usam o meu método par tirar chopp com uma mão só", brinca.

Ela afirma que alguns clientes tendem a fazer o pedido a outros atendentes, por acreditarem que ela não seja capaz de preparar as bebidas. "Mas depois eles caem na real e percebem que estou ali exatamente para trabalhar".

Para Chiara, bastam poucas adaptações para que um deficiente físico possa realizar as mesmas tarefas que os demais trabalhadores. "Uma coisa é definir os direitos dos deficientes, outra é criar condições para que eles se concretizem. É difícil encontrar pessoas dispostas a valorizarem aquilo que podemos fazer, em vez de concentrarem-se sempre nas nossas dificuldades."

Ambiente jovem


Segundo o artista e cineasta holandês Jascha Blume, de 33 anos e sócio do bar, o local tem atraído um público jovem, como a maioria dos outros locais da cidade, conhecida pela grandeconcentração de estudantes universitários entre a sua população.

Em entrevista à BBC Brasil via whatsApp, Jascha, que é surdo, conta que tem recebido muitos pedidos de reserva por parte de estudantes para as festas de final de ano.


"Não é um lugar com clima de hospital ou um espaço cheio de doentes. É um espaço rico em diversidades, com muito entrosamento entre as pessoas. Realizamos shows de música, exposições de arte, cursos e várias atividades que não estão necessariamente relacionadas aos deficientes ou à acessibilidade. É um bar moderno, como outro qualquer".



Questionado se não seria melhor que todos os lugares públicos fossem acessíveis, Jascha é categórico. "As verdadeiras barreiras são as pessoas, não os lugares. São as pessoas que criam os lugares". "Tudo começa com um pequeno passo", digita em seu celular.



Fonte: Terra

Mensagem de Natal

Imagem retangular com várias bolhas coloridas em tom vermelho e no centro a frase: Feliz Natal

Estamos chegando no final de 2015 foi um ano maravilhoso para o Grupo Inclsivass e desejamos um Feliz Natal repleto de paz, harmonia e esperança para um 2016 de sonhos e realizações estes são nossos votos nesta noite.

FELIZ NATAL

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Audiência Pública Grupo Inclusivass


16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres e o Grupo Inclusiva realiza o sua primeira audiência pública.
É preciso políticas públicas que garantam o que já é de nosso direito.
Dia 07/12/15
Hora: 14:00hs
Local: Assembleia Legislativa, Sala Adão Pretto.


Descrição do Convite: Convite em vertical. 
Como fundo se sobrepõem o rosto de uma mulher negra olhando de frente, e de perfil duas mulheres, uma indígena e uma branca.
Em Letras cor de rosa, de tamanho maior a frase "Audiência Publica". Abaixo em letras cor de rosa, tamanho menor está escrito: Os direitos das mulheres com deficiência, em especial os relacionados à saúde, segurança e Trabalho.
Em uma caixa de texto com fundo rosa e letras brancas está escrito: Dia 07 de Dezembro.
Abaixo, em regras cor de rosa, menores: Às 14hs, na sala Adão Pretto, térreo da Assembleia Legislativa, Praça Marechal Deodoro, 101, Centro - Porto Alegre.
A esquerda do cartaz, dentro de uma caixa de texto de contorno Lilás, está escrito com letras lilás o seguinte texto: Comissão especial dos Direitos da Mulher.