quinta-feira, 3 de novembro de 2016

INCLUSIVASS no 1º Encontro Estadual sobre Nanismo em Porto Alegre (RS)

Descrição da foto #PraCegoVer Lelei Teixeira está sentada em uma poltrona cor roxa, e tem na mão direita um microfone e na mão esquerda uma folha de papel. Ela parece estar lendo a folha de papel. A seu lado esquerdo aparece parte de outra pessoa sentada também. E, ao fundo, um pedaço de um banner com o símbolo do Estado do RS (fim da descrição).

A jornalista Lelei Teixeira, que escreve a coluna "Isso não é comum" (acesse aqui: http://issonaoecomum.sul21.com.br/) e integra o Grupo Inclusivass, falolu sobre MÍDIA E PRECONCEITO no 1º Encontro Estadual sobre Nanismo realizado em Porto Alegre (RS), no dia 3 de novembro de 2016, no auditório do Palácio da Justiça.

Confira aqui um trecho de sua apresentação:

Como lidar com o que chamamos de deficiência e tudo o que decorre dela, evitando o paternalismo, o fetiche, o clichê, o heroísmo, a vitimização, o estereótipo, o sensacionalismo ou o constrangimento? 
Há que se ter sabedoria para lidar com uma condição delicada, às vezes jogada em uma espécie de limbo, onde permanece intocável, invisível, pela dificuldade do enfrentamento.
A mídia, formadora de opinião para o bem e para o mal, tem um papel muito importante neste sentido: mostrar a vida como ela é, tratar de questões que envolvem a deficiência e o preconceito com naturalidade e verdade, denunciar, apontar leis que preservam os direitos das pessoas com alguma dificuldade, não alimentar mitos, nem transformar as pessoas diferentes em vítimas, super homens ou mulheres, guerreiros a serem admirados. 
Precisamos estar atentos aos efeitos do discurso dos meios de comunicação sobre a nossa condição. É necessário mostrar, instigar, fazer pensar, evitando o sensacionalismo e o desgastado discurso da superação, que não contribuem em nada para causa nenhuma.
Os anões são quase invisíveis e pouco lembrados como cidadãos e trabalhadores pela sociedade, pelos governos, pela imprensa.
Mas são absurdamente lembrados quando o assunto é fazer rir a qualquer custo.
Pela fala de alguns comunicadores, não é delegado ao anão um comportamento humano. Os comentários são típicos de quem só está interessado no estereótipo, na gargalhada fácil. Ironizam grosseiramente a condição de vida dos anões, demonstrando farta ignorância sobre a diferença e a deficiência. Precisam preencher um espaço, garantir a audiência, ser interessantes o tempo todo, num vale tudo cruel.

Descrição da foto #PraCegoVer À esquerda, aparece Lelei sentada, lendo um papel, e, a seu lado, quatro pessoas sentadas, todas participantes do painel sobre Mídia e Preconceito.