quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

UMA CIDADE ACESSÍVEL! Por: Liza Cenci.

  
Foto de Liza Cenci.

 
UMA CIDADE ACESSÍVEL!
     

Em plena era da modernidade nos deparamos com barreiras a serem vencidas, hoje vejo a fúria nos olhos de quem diariamente luta e declara guerra a vida urbana. Em uma capital como Porto Alegre esperamos mais, DIGNIDADE, mais RESPEITO, mais EDUCAÇÃO, mais aceitação do próximo. Fazemos total distinção com as pessoas que nos rodeiam, seja no âmbito do trabalho, familiar e lazer, esquecemos sempre que não somos únicos e que onde termina nosso limite, começa o limite do nosso próximo. Não necessitamos de pena do próximo, apenas respeito e reconhecimento.

Acessibilidade significa permitir de forma igual, que pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, participem de atividades incluindo serviços, informações, cultura, turismo, acesso público e privado. Que todos possam ter acesso a TUDO, sem restrições.

A meta é que para a copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, aeroportos, estabelecimentos comerciais, ambientes públicos e privados possam receber seus turistas especiais sem passar por constrangimentos, dar aos brasileiros a possibilidade de usufruir seu direito de ir e vir. Incluindo sinalização das ruas, comunicação, o acesso fácil qualquer órgão público, o interesse é do município, do nosso Estado do nosso país. Dever de todos nos Educar nossa sociedade.

Ouvem-se metas, planos... Orientação, legislação se tem, o que está faltando mesmo é a fiscalização queremos mesmo é para ontem o direito de ir e vir garantido na Constituição Federal, em condições de igualdade com outras pessoas, que possamos ver com garantia a inclusão total.

Dentro do contexto “Acessibilidade”, vê o quanto nossas ruas e avenidas aparecem desafiadoras no seu dia a dia. Calçadas com crateras, buracos, buraquinhos, pedras soltas, calçadas sem rampas, orelhões no meio da calçada, carros em cima das calçadas, são milhares as irregularidades.

Hoje 24,5 milhões de brasileiros com deficiência, segundo os dados do IBGE, lutam para ter o direito de ter uma vida normal, trabalhar, estudar, ter uma vida social e cultural livre de preconceito. Quando entro em certos lugares ainda sinto aqueles olhares de reprovação. Pergunto-me onde está a DIGNIDADE? Escolhi eu sentar estar sentada em uma cadeira de rodas, escolhi eu sofrer com esses olhares reprovadores, por querer ter acesso à que tenho direito, onde fica minha dignidade em poder frequentar um restaurante, uma loja que não conheço, onde esta o direito de IR e VIR?




Liza Cenci



Coordenadora Movimento SuperAção RS