segunda-feira, 25 de junho de 2018

A Cidade que Queremos e as Inclusivass.

Na foto em pé Josiane, Bruna e Greice sorriem ao fundo vemos um painel. Josi e Bruna seguram suas bengalas aberta.

O Grupo Inclusivass, através de suas integrantes Bruna Schatschineider, Greice Bitencourt e Josiane França, se fez presente no encontro A Cidade que Queremos na Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul – FAMURS, ocorrido no dia 14/06 na cidade de Porto Alegre/RS.
O encontro foi direcionado a entidades e profissionais vinculados às áreas de planejamento urbano, mobilidade e acessibilidade, reunindo, na mesa de debates mulheres e homens com deficiência e mobilidade reduzida. A mediação do encontro foi do arquiteto André Huyer, doutor em Planejamento Urbano e Regional pelo Propur/UFRGS e assessor do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Na mesa de debates participaram as seguintes lideranças vinculadas a entidades representativas de pessoas com deficiência: (visual) Altair Fagundes, (física) Nélson Kalil, (autismo) Otávio Kremer Abuchaim e (surdos) Keli Teixeira da Silva. Também houve a representante dos idosos, a SRA. Zhélide Hunter,
As palestrantes(os), dentro de suas especificidades, explanaram as inúmeras dificuldades enfrentadas diariamente na cidade. Da mesma forma, apresentaram soluções fáceis de serem sanadas pelo governo municipal.
Destacou-se também, a falta de cursos de capacitação das funcionárias(os) de empresas do transporte público coletivo, tanto no que diz respeito a falta de conhecimento de como operar o elevador de acesso, a falta de conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para comunicarem-se com os passageiros surdos. Além disso, a comunidade com deficiência visual (cegos e/ou baixa visão) trouxeram a falta de dispositivo (GPS) nos coletivos, visto que este, facilitaria saber qual é o ónibus que está chegando no ponto. Este dispositivo, ajudaria não só os deficientes visuais, mas sim, todas as pessoas da cidade.
As péssimas condições das calçadas também foi um ponto levantado pelos participantes.
Josiane França, destaca a necessidade das colaboradoras(os) diretos do transporte público, serem melhor capacitados para tratarem com dignidade mulheres e homens com deficiência. Diz ela: “Os motoristas e cobradores não podem se referir ao cadeirante apenas como 'a cadeira vai subir ou 'a cadeira vai descer. Como também chamar de 'ceguinha' ou 'ceguinho. Por trás dessas limitações existe um ser humano, que tem nome e vontades próprias.”
Greice Bitencourt, mulher sem deficiência, representando sua mãe surda e idosa, pontuou que os ónibus devem cuidar o excesso de velocidade nas áreas onde há escolas, moradores com deficiência e idosas(os), destaca Greice: “Fico muito preocupada com minha mãe que além de ser surda, já também na terceira idade, pois residimos num local que passa linha de todas as empresas, e nenhum respeita o excesso de velocidade. Passam voando. A partir do momento que o motorista assume um veículo, ele sabe que estás armado. A responsabilidade é do motorista com quem está dentro e fora do transporte.”
Ao final do evento, foi elaborada uma Carta de Recomendação, que será enviada aos setores do município que tratam da mobilidade urbana, contendo tópicos a serem abordados nas diretrizes de planejamento do espaço público.
E, nós, INCLUSIVASS, ficaremos acompanhando os desdobramentos