segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Mulheres com deficiência entregam carta ao Governador

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Mulheres com deficiência entregam carta ao Governador

Dia 03 de dezembro às 10:00 horas Palácio Piratini- Praça Marechal Deodoro s/n
 
Uma carta contendo propostas para fortalecer os direitos e políticas públicas direcionadas às mulheres com deficiência será entregue ao Governador do Estado Tarso Genro e à Secretária de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão, nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro, 10 horas, no Palácio do Piratini. Denominado de INCLUSIVASS, o grupo que elaborou a carta é composto de ativistas pelos direitos das mulheres com deficiência que atuam em diversas organizações e movimentos, articuladas pela ONG Coletivo Feminino Plural. A atividade integra a jornada dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, pois segundo inúmeros estudos internacionais as mulheres com deficiência estão mais expostas a violações e discriminações em todo o mundo em razão da maior vulnerabilidade. Integram o grupo ativistas dos movimentos Superação, Rumo Norte e Coletivo Feminino Plural, independentes e apoiadoras.
 
O documento a ser entregue originou-se de um seminário realizado em março deste ano em parceria com a Faders, tendo sido reelaborado pelo grupo em Oficina na Casa de Cultura Mario Quintana. Parte da constatação de que no Brasil, mulheres com deficiência correspondem a 13,53% dos 45,6 milhões de brasileiros com alguma deficiência, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - 2010). Ou seja, são cerca de 25 milhões de mulheres que além de enfrentarem as desigualdades de gênero existentes na sociedade, também enfrentam a falta de oportunidades, direitos e cidadania, o que nos expõe a maiores vulnerabilidades.
Entre as reivindicações por políticas públicas voltadas ao enfrentamento à violência, as INCLUSIVASS enfatizam a necessidade de que as redes de atendimento e as políticas públicas para mulheres com o recorte gênero e deficiência sejam plenamente acessíveis a todas as mulheres. E dessa forma permitam que todos os equipamentos para atenção às mulheres em situação de violência - centros de referência, delegacias, casas abrigo, juizados possam ser utilizados com privacidade e respeito pelas mulheres com deficiência. Elas desejam que seja criado e divulgado número acessível para mulheres surdas e com dificuldades de fala notificarem casos de violência, potencializando o atendimento do disque 180 e pelo 0800 5410803 (Rede Lilás). Propõem também que sejam feitos e divulgados levantamentos de dados sobre violência contra as mulheres com deficiência junto aos juizados especializados, que devem ser ampliados na perspectiva na inclusão e que seja incluído no formulário do Boletim de Ocorrência o item “deficiência”.
Sugerem ainda a difusão da Lei Maria da Penha na rede de ensino, garantindo os formatos acessíveis e fortalecendo a cultura de respeito entre os gêneros e a diversidade entre as pessoas e que agentes do serviço público (executivo, legislativo, judiciário, MP) sejam capacitados para prestar atendimento adequado a mulheres com deficiência nas mais diversas áreas, mas em especial na área da saúde e violência, para que atuem de forma humanizada no atendimento às mulheres com deficiência.
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Mais informações podem ser obtidas pelo fone 32215298 e 91150096 (Carol Santos).