Hoje, no Dia Internacional das Defensoras dos Direitos Humanos, nós, mulheres com deficiência, reafirmamos a nossa luta coletiva por dignidade, igualdade e justiça. Defendemos os nossos direitos a partir de uma agenda feminista inclusiva e interseccional, construída com as nossas próprias vozes, experiências e resistências.
Nós criamos e construímos a Carta das Mulheres com Deficiência do RS, e é a partir dela do nosso trabalho, da nossa vivência e do nosso protagonismo que seguimos a exigir políticas públicas que garantam acessibilidade plena, autonomia, saúde integral, educação inclusiva, participação política efetiva e o fim de todas as formas de violência: física, psicológica, sexual, institucional, obstétrica e socioeconômica.
Reafirmamos com firmeza que:
A violência digital não pode ser mais um tipo de violência que nos silencia.
Ela tenta restringir a nossa presença nos espaços online, reforça o capacitismo, dissemina ódio e ameaça a nossa liberdade de expressão. Exigimos medidas concretas do Estado e das plataformas digitais para prevenir, monitorizar e responsabilizar autores de violência digital contra mulheres com deficiência.
Seguimos também na luta contra o capacitismo estrutural e digital, que insiste em nos invisibilizar, infantilizar e excluir dos processos de decisão.
A nossa existência é política. A nosso movimento é resistência. A nossa voz é instrumento de transformação.
Continuaremos unidas, firmes e incansáveis, construindo um presente e um futuro onde todas as mulheres com deficiência possam viver com liberdade, segurança e dignidade.
Movimento Feminista Inclusivass
