quinta-feira, 7 de agosto de 2025

𝗖𝗔𝗣𝗔𝗖𝗧𝗜𝗦𝗠𝗢 𝗣𝗢𝗟Í𝗧𝗜𝗖𝗢

A imagem mostra uma ilustração em estilo de desenho a preto e branco com o texto “CAPACITISMO POLÍTICO” no topo. No centro, há uma figura masculina de gravata sentada atrás de uma mesa com microfone, cobrindo os olhos com as mãos, como se estivesse a recusar ver algo. Ao fundo e de cada lado, estão duas figuras femininas de expressão neutra. No fundo também se vê um desenho de um edifício governamental com uma bandeira e alguns ícones de pessoas, sugerindo um contexto político ou institucional.  A composição transmite a ideia de cegueira ou negação por parte de alguém em posição de poder, associada ao tema do capacitismo na esfera política.


Segundo o Censo de 2010 o último que considerou obrigatoriamente o mapeamento de pessoas com deficiência cerca de 23,9% da população brasileira, o equivalente a aproximadamente 45,6 milhões de pessoas, foram identificadas com algum tipo de deficiência. Desse total, 25,8 milhões são mulheres. Ainda assim, o Brasil segue se baseando em dados defasados para definir políticas públicas essenciais. O Censo mais recente, infelizmente, deixou de incluir essa informação como obrigatória, invisibilizando milhões de brasileiros com deficiência diante do Estado.


Pesquisas e relatos demonstram que mulheres com deficiência enfrentam diariamente a exclusão de direitos básicos. Estamos longe de ocupar espaços de poder e decisão, tanto na política institucional quanto nos movimentos feministas e anticapacitistas. Seguimos invisibilizadas, mesmo sendo diretamente impactadas por decisões que nos ignoram.

O que vimos recentemente na mídia, com parlamentares tapando os olhos, ouvidos e bocas como gesto simbólico, é mais um episódio preocupante. Essa encenação reforça estereótipos negativos sobre a deficiência, associando-a ainda que indiretamente à ignorância, à omissão ou ao silêncio. Esse tipo de atitude, mesmo quando politicamente motivada, alimenta o capacitismo político.

Enquanto isso, o trabalho legislativo é paralisado por disputas de poder entre famílias políticas. O povo, especialmente os grupos mais vulneráveis, continua à espera de projetos concretos voltados à inclusão, acessibilidade, saúde, renda, educação e dignidade. Vale lembrar que a maioria das pessoas com deficiência ou suas famílias vivem com até dois salários mínimos e agora enfrentam a ameaça de perder a isenção do imposto de renda, um dos poucos benefícios garantidos por lei.

É urgente que paremos de usar a deficiência como metáfora e comecemos a escutar, incluir e representar essas pessoas nos espaços onde se decide o futuro do país.
Nada sobre nós sem nós.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Lançamento Projeto " Tecendo Redes Inclusivas Anticapacitistaw

A imagem possui fundo branco com detalhes em degradê azul na parte inferior e pequenos círculos azuis no canto superior direito e inferior esquerdo.  No centro, há o logotipo com figuras estilizadas em azul formando um círculo, cada uma com um ícone relacionado à deficiência (como surdez, deficiência visual, cadeira de rodas e tecnologia assistiva) dentro de círculos roxos e azuis. Na base da figura central, há um pequeno triângulo com as cores da bandeira LGBTQIA+ progressista.  Abaixo do logotipo, está o texto: TECENDO (em letras maiúsculas azul-escuro) REDES INCLUSIVAS (em letras maiúsculas menores, azul-escuro) ANTICAPACITISTA (em letras maiúsculas, cada sílaba com uma cor diferente: lilás, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho).  No canto inferior direito, há a ilustração de uma mulher negra com cabelo crespo solto, usando óculos escuros, jaqueta preta, blusa amarela e calça azul. Ela segura uma bengala longa branca na mão esquerda e, na mão direita, um cartão azul com o símbolo internacional de acessibilidade (cadeira de rodas) em branco.  No canto inferior central, aparecem dois logotipos:  INCLUSIVASS: formado por borboletas coloridas agrupadas em forma de símbolo feminino.  elas+ com o texto “doar para transformar” abaixo e duas flores vermelhas acima.  No canto superior esquerdo, há várias borboletas coloridas espalhadas.


É 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐥𝐞𝐠𝐫𝐢𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐥𝐚𝐧ç𝐚𝐦𝐨𝐬 𝐡𝐨𝐣𝐞 𝐨 𝐩𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 “𝐓𝐞𝐜𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐝𝐞𝐬 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚𝐬”, 𝐜𝐨𝐦 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐨 𝐝𝐨 𝐅𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐄𝐥𝐚𝐬+!

Uma iniciativa do 𝐌𝐨𝐯𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐅𝐞𝐦𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐈𝐧𝐜𝐥𝐮𝐬𝐢𝐯𝐚𝐬𝐬, que surge da urgência de combater as 𝐯𝐢𝐨𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐚𝐬 𝐝𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬, 𝐨 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐮𝐭𝐮𝐫𝐚𝐥 𝐞 𝐚 𝐞𝐱𝐜𝐥𝐮𝐬ã𝐨
que ainda marcam a experiência de mulheres com deficiência nos espaços online.

O projeto propõe a criação do 𝐆𝐮𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐭𝐢𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐝𝐞 𝐁𝐨𝐚𝐬 𝐏𝐫á𝐭𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐃𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐢𝐬, voltado à promoção de uma cultura digital que seja anticapacitista, ética, acessível, segura e realmente para todas e todes.

A estratégia de ação inclui:
- Oficinas virtuais com participação ativa de mulheres com deficiência;
- Campanhas de conscientização nas redes, para ampliar o debate sobre capacitismo e violência digital.
-Live
𝐂𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐬𝐦𝐨 𝐞 𝐯𝐢𝐨𝐥ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐢𝐠𝐢𝐭𝐚𝐥 são formas de controle dos nossos corpos, da nossa fala e da nossa existência.
Este projeto é também um grito de liberdade e de reconstrução do digital como espaço de expressão, autonomia e resistência.

A coordenação é do Movimento Feminista Inclusivass, que há anos atua por visibilidade, escuta e políticas públicas para mulheres com deficiência.
Nosso compromisso é com a vida, com os direitos humanos e com um futuro onde a inclusão não seja exceção, mas regra.

📲 Nos acompanhe nas redes sociais e fortaleça com a gente essa construção coletiva.
Vamos tecer juntas um digital anticapacitista!